segunda-feira, 25 de junho de 2007

Cinderela

Eles são duas crianças a viver esperanças,
A saber sorrir. Ela tem cabelos louros,
Ele tem tesouros para repartir.
Numa outra brincadeira,
Passam mesmo à beira
Sempre sem falar.
Uns olhares envergonhados
E são namorados sem ninguém pensar.
Foram juntos outro dia, como por magia,
No autocarro, em pé.
Ele lá lhe disse, a medo :
"O meu nome é Pedro e o teu qual é?"
Ela corou um pouquinho
E respondeu baixinho : "Sou a Cinderela".
Quando a noite o envolveu,
Ele adormeceu e sonhou com ela.

Então, bate, bate coração louco, louco
De ilusão, a idade assim não tem valor.
Crescer,
Vai dar tempo p'ra aprender,
Vai dar jeito p'ra viver,
O teu primeiro amor.

Cinderela das histórias,
A avivar memórias, a deixar mistério.
Já o fez andar na lua,
No meio da rua e a chover a sério.
Ela, quando lá o viu, encharcado e frio,
Quase o abraçou.
Com a cara assim molhada
Ninguém deu por nada,
Ele até chorou.

E agora, nos recreios, dão os seus passeios, Fazem muitos planos.
E dividem a merenda,
Tal como uma prenda que se dá nos anos.
E, num desses momentos,
Houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela :
"Sabes Cinderela, eu gosto de ti!".

3 comentários:

Catioska disse...

je t'adore mon prince!

absorbent disse...

moi aussi, cindereloska :)

boedromion disse...

Fugidas a casa à hora de almoço e Cinderela’s… Get Up, get on up… http://www.youtube.com/watch?v=__eOCQrxnDM